sexta-feira, 23 de março de 2007

Folha Federal : Ser Militante


Encontramo-nos de novo em período eleitoral e chamados a exercer o direito de voto, o mais nobre dos actos democraticos, representativo não só da liberdade de expressão, mas também da responsabilidade de cada cidadão na construção e na evolução do destino nacional.

As épocas eleitorais são propícias à discussão e exigem daqueles que escolheram de aderir a uma formação politica, um acrescentado trabalho no terreno e o respeito rigoroso da disciplina partidaria.
O entusiasmo e a paixão que desencadeiam as confrontações de ideias e de candidatos, tambem favorecem a expressão individual de opiniões e preferencias.

Mas se o facto de ser aderente de um partido, não significa abdicar das proprias opiniões e da liberdade de as exprimir, esta liberdade e esta expressão devem fazer-se no âmbito delimitado pelo partido a que aderimos, no respeito das directivas adoptadas pela maioria e no respeito dos ideais que inspiram a accão partidaria.

Não é compativel com as decisões e opções escolhidas pelo PS, chamar os nossos compatriotas a votar branco nas proximas eleições legislativas, por motivos obscuros e circunstaciais, que desprezam a dimensão do acto eleitoral e a actual situação do país.

Com efeito, os nossos candidatos, na conjuntura actual, não somente necessitam toda a nossa energia para fazer campanha a seu lado, mas mais, necessitam de todas as nossas vozes para conquistar a maioria absoluta, afim que uma nova governação se imponha em Portugal e que se leve a cabo uma politica respeitosa dos valores da democracia que conquistámos com determinação no 25 de Abril.

Ser membro dum partido não é abdicar da sua opinião e ideal. Ē fazer da própria energia, junta com aquela de todos os que cononsco combateml, debatem e fazem avançar ideias e decisões, uma alavanca poderosa de progresso e de evolução.

Não esquecamos pois a totalidade do nosso « engagement » : votar PS nas eleições, é respeitar a nossa adesão e o nosso compromisso, mas muito mais alem é contribuir a uma mudança salutar da direção politica do nosso país e contribuir para um Portugal mais Europeu, mais consciente dos anseios da diaspora, mais competente para pôr em obra uma politica social, cultural e internacional, compatível com os anseios e as aspirações do nosso povo mas também dos povos do mundo inteiro.

Apêlo assim ao sentido das responsabilidades de cada militante, à integridade da sua adesão e à coerência da sua acção.

Saudações Socialistas.


Por Maria Gracinda MARANHÃO-GUITTON
Secretária Federal do PS – Federação de França


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