sábado, 24 de março de 2007

Folha Federal : Criar Dinamicas


Caro(a) Camarada,

Nas vésperas das Festas Natalicias, à beira do Novo Ano 2006, o Secretariado da Federação de França do Partido Socialista Português apresenta os melhores votos a todos os camaradas militantes e familiares.

1) Nos meados do proximo mês de Janeiro de 2006 realizar-se-à o escrutinio para a eleição do Presidente da Republica Portuguesa. O nosso Partido escolheu o seu candidato – o ilustre socialista, fundador do PS, o dr Mario Soares. Se ele acedeu ao convite para se dignar disputar de novo tão alto cargo foi, a seu dizer, com o sentido de se disponibilizar ao serviço dos interesses superiores de Portugal.

Com efeito, dada a longa folha de serviços eminentes prestados ao País, Mario Soares lograria aposentação sossegada, embora activa, no seio das várias instituições vocacionadas para Cultura e Promoção Social, as quais preside brilhante e eficazmente.

Sabemos quanto o nosso País soçobrou estes últimos anos, numa crise que de económica e social se traduziu em rebaixamento cidadão , moral e relacional entre as pessoas. Na verdade, Portugal, como todo e qualquer vivente nação , grupo ou individuo, acusa épocas de decadência, fruto das mazelas contraídas no percurso da vida. Desde modo, após periodos de abundância euforica e de ousadia destemida, provento das especiarias da India (século XVI), ou consequente ao desenvolvimento exponencial dos engenhos de açucar e do ouro e pedras preciosas encontrados no Brasil (século XVIII), eventos menos gloriosos ocorreram. Tempos de contenção advieram também, com notas pouco entusiastas relativo esgotamento do caudal inventivo, em paisagem de morna tristeza, impropérios reiterados a um passado interminável, cujo luto se assevera impossível.

Assim, o mana dos fundos estruturais dispensados pela União Europeia, os quais não foram suficientemente aproveitados para o incremento e restruturação das unidades produtivas do País, deixaram, nestes ultimos meses de redução significativa dos mesmo, em contexto de crise geral, uma situação socio-politica de fundo, atravessada, pelo descoroçoamento senão civada de espasmo insatisfeito.

Convém reagir com urgência ! A campanha das eleições presidenciais presta-se a levar a cabo o inventário dos insucessos, como também a talhar a abertura de soluções praticas argumentadas ; enfim, concorre ao forjar de impetos seguros para empreendimentos vindouros.

Estamos ancorados politicamente à esquerda. As nossas opções são claras. Portugal merece-nos esforços redobrados !

2) A nossa Europa, este significante referencial identitário, de vocação universal, partilhado por quantos oriundos dela e tantos, nos diversos quadrantes do mundo, a denominada Civilização Ocidental, apresenta-se, porém, não sem algumas danosas ambiguidades, promotora de valores fundamentais : democracia em politica, o direito na arbitragem das relações inter-humanas, no respeito dos principios ponderados segundo a ética, caução superior da conduta humana.

Na presente tentativa historica de construção pacífica, negociada, da sua unidade politica, a União europeia patina depois da nota desatinada, desferida pelo voto negativo da França e da Holanda ao tratado-projecto de constituição da União Europeia, na Primavera passada. A presidência revezante do Reino Unido da Grã-Bretanha, zelador da plataforma minimalista acentuou os obstáculos. Verificámos as dificuldades encontradas, estes dias, para se firmar o acordo de orçamento, referente a 2006.

Estamos conscientes do peso da historia comum, das reticências de alguns Estados e dos comportamentos de quantos, empenhados na acquisição de benesses particulares, senão interessados em priorizarem perspectivas domésticas, inspiradas em vantagens imediatas, atenentes à politica interna dos respectivos Estados.

Nós, socialistas, professamos uma visão internacionalista da coisa publica, por consequente decididamente transnacional europeia, no que se refere à organização cidadã, à instituição da paz entre os povos, bem como à implementação da justiça para todos sem exclusão de qualquer espécie.

Cumpre-nos, pois, prestar atenção apurada no curso dos acontecimentos ao assunto deveras relevante : o futuro da Europa é também obra que nos compete ;

Que o advento duma Europa politica una implique encadeamento de peripécias melindrosas e negociações delicadas é sobejamente conhecido.

Razão acrescida à solicitação da disponibilidade militante que do âmago nos alenta.
Boas Festas e melhores augúrios de Ano Novo 2006 Feliz e militante !


Por
Manuel DOS SANTOS JORGE
Secretário Federal para a Organização

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