domingo, 6 de maio de 2007

França/eleições: Portuguesa apoiante Ségolène convencida adesão dos luso-francês


Lisboa, 20 Abr (Lusa) - A portuguesa Gracinda Maranhão, apoiante da candidata socialista Ségolène Royal às presidenciais francesas, mostrou-se hoje convencida que um maior número de luso- franceses vai votar no domingo, face ao "perigo" que representa a candidatura de direita de Sarkozy.

"Este ano vai haver mais votantes na comunidade portuguesa", disse à Agência Lusa Gracinda Maranhão, dirigente da secção do PS português em França e militante do Partido Socialista Francês (PSF).

Para a socialista, que reside em França há 30 anos, o candidato de direita Nicolas Sarkozy representa "um perigo para a França", pois "é um homem de acção que precisa de agir para existir, não estando a ponderar e a reflectir" e poderá "tomar decisões desequilibradas para o país".

Gracinda Maranhão acredita que a comunidade está consciente desse "perigo", mas admitiu que há muitos jovens luso-descendentes, principalmente na região de Paris, que votam à direita.

No entanto, adiantou que a dispersão dos candidatos de esquerda também poderá prejudicar Ségolène Royal, considerando que a primeira volta das eleições, que se realiza domingo, vai ser difícil de conquistar.

Segundo a socialista, que é também conselheira municipal em Villiers-le-Bel, arredores de Paris, é fundamental que os portugueses participem nas eleições, pois fazem parte da França e devem sentir "orgulho" em contribuir para o seu futuro.

"Os portugueses fazem parte da paisagem política, social e empresarial" da França", disse.

Só podem votar para as eleições presidenciais em França os portugueses com nacionalidade francesa, que são cerca de 500 mil.

Destacando o "empenho pessoal" de alguns portugueses no apoio a Ségolène Royal, Gracinda Maranhão lamentou "o apoio insuficiente" do PSF.

"Nesta campanha, não houve solicitação aos militantes socialistas como houve no passado, que ajudaram na distribuição de panfletos e informação", referiu, acrescentando que o programa eleitoral de Ségolène Royal também não chegou a todo o eleitorado.

"Se esse apoio tivesse sido pedido aos militantes portugueses, eles ajudariam como aconteceu no passado", realçou.

CMP.

Lusa/Fim

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